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A mostrar mensagens com a etiqueta Poema religioso

Sacrifício da Árvore

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  Não havia, Senhor! no olhar sereno, A angustia que somente a dor traduz, Naquele dia, ó doce Nazareno, Em que os maus Te pregaram numa Cruz. Antes, o Teu sorriso, sempre ameno, De beleza que à vida nos conduz, Não mostrava um só travo de veneno, Rutilando na glória em plena luz! E o madeiro, dos tempos esquecido, Viu-se na Tua morte convertido Na prisão do corpo de um só Deus. E hoje, olhando a Cruz, a humanidade Vê na árvore a santa majestade, que os braços ergue em prece para os céus. (Créditos: Gumercindo Fleury)

O meu canto de hoje - Santa Teresinha do Menino Jesus

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  1. A minha vida é um só instante, uma hora passageira A minha vida é um só dia que me escapa e me foge Tu sabes, ó meu Deus! Para amar-Te na terra Só tenho o dia de hoje!… 2. Oh! Amo-Te, Jesus! A minha alma por Ti suspira Sê por um só dia o meu doce apoio. Vem reinar no meu coração, dá-me o teu sorriso Somente por hoje! 3. Que me importa, Senhor, se o futuro é sombrio? Nada posso pedir-Te, oh não, para amanhã!… Conserva-me o coração puro, cobre-me com a tua sombra Somente por hoje. 4. Se penso em amanhã, temo a minha inconstância Sinto nascer em mim a tristeza e o desgosto. Mas aceito, meu Deus, a prova, o sofrimento Somente por hoje. 5. Quero ver-Te em breve nas margens eternas Ó Divino Piloto! Cuja mão me conduz. Nas ondas alterosas guia em paz a minha barca Somente por hoje. 6. Ah! Deixa-me, Senhor, esconder na tua Face, Onde já não ouvirei o ruído vão do mundo Dá-me o teu amor, conserva-me na tua graça Somente por hoje. 7. Junto do

Sinto-me cercada

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 O Anjo da morte vagueia pelo mundo, Sob a aparência de salvar, matam, Matam o corpo e sufocam a alma. Sinto-me cercada Numa coroa de afiados espinhos, Contornam o mundo e cada ser, E, somos encurralados, pela morte. Sinto-me cercada Dum luto antecipado de escuridão, De trevas veladas no sofrimento, É a cruz de um Serineu, levada. Sinto-me cercada, Sinto-me, empurrada, Sinto-me, esmagada, Pelas ideologias mundanas, sem Deus. Jesus, Maria, recomendo-Vos a minha alma. Tudo passa, só Deus basta!

O pecador a Jesus

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O de mística do P. J. Verdaguér –  Mimo deliciosamente espiritual,  exemplar singularíssimo de lirismo religioso) (Acto de contrição da alma arrependida) Cada manhã que vem, eu vos adoro; Mas ao cair o sol, já vos deixei: Quem chorará, Jesus, quando eu não choro, Tão infeliz que nunca vos amei! Eu, que amor derramava com fartura, Tão pouco (ai!) para vós soube guardar: As pálpebras fechava, ó Formusura, Para assim vos não ver e não amar. Destes-me um coração; de terra enchi-o, E d’arma em punho vos mandei sair: Puséreis-lhe asas de aguia; foi seu brio Voar longe de Vós, de Vós fugir. Regato que a brincar vai nos caminhos, Nunca sonhei vê-lo parar por fim; Do mundo nos sarçais buscando espinhos, Deixei-vos, Flôr do divinal jardim. E hoje que me acolheis, e em vossos braços, Porque não fuja, me prendeis por bem, d’estes beijos m’esquivo e d’estes laços; Minha alma ainda no mundo o ninho tem. E ao escutar seus

Á sua conversão

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“…Quebraram-se, meu Deus, as pedras duras;  Mostrou o sol e lua sentimento;  E não vossas humanas criaturas!  Eu só, meu Redentor, vos atormento!  Eu fiz os vossos cravos, cruz, e lança,  Por obra, por palavra, e pensamento…  E Vós encheis minh’alma de esperança  Com tão claros sinais de piedade,  Que quase já não sei temer vingança.  (…)  A alma, que em vossas mãos presa se entrega Não tem de que temer, nada recêa, A névoa deste mundo não na cega. Nas lágrimas de dor, em que semeia,  Colhe suave fruito de alegria,  Saudoso da sua terra alhêa.”27 Frei Agostinho da Cruz 

EM NOME DO SENHOR!

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Em nome do Senhor desceu do Céu Rodeado de anjos, um celeste Serafim... Ao sentir o seu celeste toque em mim... Subi até à eternidade sem lhe ver o fim... Lá no celeste Trono dos anjos do Amor Senti como me curavam toda a minha dor... Quando despertei deste lindo sonho.... Achei o mundo ainda mais medonho... Eu não queria ficar mais por aqui... Eu só queria voltar, nas asas, do Celeste Serafim... Mas para subir para aquela Celeste Dimensão... Tenho ainda muito que sofrer e aprender... Para purificar a minha alma no meu coração Para um dia chegar merecer viver... Numa daquelas Celestes moradas de Deus !!! Autor-Milaydomingues

Poema de São Tomás de Aquino

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Eu te adoro com afeto, Deus oculto, que te escondes nestas aparências. A ti sujeita-se o meu coração por inteiro e desfalece ao te contemplar. A vista, o tato e o gosto não te alcançam, mas só com o ouvir-te* firmemente creio. Creio em tudo o que disse o Filho de Deus, nada mais verdadeiro do que esta Palavra da Verdade. Na cruz estava oculta somente a tua divindade, mas aqui se esconde também a humanidade. Eu, porém, crendo e confessando ambas, peço-te o que pediu o ladrão arrependido. Tal como Tomé, também eu não vejo as tuas chagas, mas confesso, Senhor, que és o meu Deus; faz-me crer sempre mais em ti, esperar em ti, amar-te. Ó memorial da morte do Senhor, pão vivo que dás vida ao homem, faz que meu pensamento sempre de ti viva, e que sempre lhe seja doce este saber. Senhor Jesus, terno pelicano**, lava-me a mim, imundo, com teu sangue, do qual uma só gota já pode salvar o mundo de

Compaixão da Virgem na morte do Seu filho Jesus

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Minha alma, por que tu te abandonas ao profundo sono? Por que no pesado sono, tão fundo ressonas? Não te move à aflição dessa Mãe toda em pranto, Que a morte tão cruel do FILHO chora tanto? E cujas entranhas sofre e se consome de dor, Ao ver, ali presente, as chagas que ELE padece? Em qualquer parte, que olha, vê JESUS, Apresentando aos teus olhos cheios de sangue. Olha como está prostrado diante da Face do PAI, Todo o suor de sangue do seu corpo se esvai. Olha a multidão se comporta como ELE se ladrão fosse, Pisam-NO e amarram as mãos presas ao pescoço. Olha, diante de Anás, como um cruel soldado O esbofeteia forte, com punho bem cerrado. Vê como diante Caifás, em humildes meneios, Aguenta mil opróbrios, socos e escarros feios. Não afasta o rosto ao que bate, e do perverso Que arranca Tua barba com golpes violento. Olha com que chicote o carrasco sombrio Dilacera do SENHOR a meiga carne a frio. Olha como lhe rasgou a sagrada cabe

Ao Imaculado Coração de Maria

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Eu vou caminhando, lentamente, Levo na mão a lanterna do Amor, Mãe Celestial guia-me constantemente Pelos Teus caminhos com fervor. Eu quero ír até Jesus Na Tua mão, eu quero segurar, Pelo Imaculado Coração seguir a luz Aprender por esse peito estreito a entrar. Delicada voz, no meu silencio escuto, Entrego-me na profunda oração Numa docilidade e obediência oculta, Abandono-me ao Teu Imaculado Coração. Com o sofrimento purifico a alma, Suscito o crescimento no senhor. Aceito e vivo-o na calma, É perfume de graça com louvor. Jesus olha com complacência e predileção, Com firmeza e um grande amor Para os humildes e puros de coração Mãe Celestial leva-me até ao Teu filho, Senhor! Confio no amor misericordioso de Deus Pai criador E, na acção do Vosso Imaculado Coração A vida dos santos foi desta confiança e louvor, Ao Teu triunfo neste tempo de purificação. O Amor Celestial De uma mãe tão clemente e compassiva Enrique

Minha Senhora e Mestra

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Mãe amorosa,  Senhora e Mestra,  Consolo de serenidade  Com teu divino Filho nos braços  Nesse altar supremo,  Onde estais;  Aqui, estou eu!  Vazia de mim mesma  Para vos ouvir,  Nesta minha pobre contemplação,  Sem nada saber,  Como vos honrar,  Sem nada ter,  Para vos dar,  De tão pecadora e miserável,  Que sou!  Mãe amorosa,  Aceita minha humildade  Deste meu querer,  E nada saber  Em vos amar.  Mãe amorosa,  Minha Senhora,  Minha Mestra  Ensina-me,  Como agradar. Dilata o meu coração  Com vossas dóceis palavras. Apresenta pelas Vossas singelas,  Puríssimas e Imaculadas mãos  Como só vós sabeis  Todas as minhas obras,  Sentimentos e orações  Como de vosso agrado  Tendo-me como filha e escrava  de vosso Divino Filho Jesus. (Em, 2009) Alda Pereira

Poema de Santa Faustina

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Quando a dor tomar conta de toda minha alma, E o horizonte escurecer como a noite, E o coração for dilacerado pelos tormentos da dor, Jesus Crucificado, Vós sois minha força Quando a alma, aturdida pela dor, Faz todos os esforços e luta sem descanso, E o coração agoniza em amargo tormento, Jesus crucificado, sois a esperança da minha salvação. E assim passa dia após dia E a alma banha-se no amargor do mar, E o coração agoniza em amargo tormento, Jesus crucificado, Vós me iluminais como a aurora. E quando o cálice da amargura já transborda, E tudo conspira contra ela. E a alma vive os momentos do Jardim das Oliveiras, Jesus crucificado, em Vós está a minha defesa. Quando a alma, sentindo a sua inocência, Aceita as provações de Deus, Então o coração é capaz de pagar com o amor pelos dissabores! Jesus crucificado, transformai a minha fraqueza em força. (Diário de Santa Faustina, D -1151)

Porque te amo, Maria

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«Mulher, eis o teu filho!» Num dia em que os pecadores escutam a doutrina D'Aquele que os queria receber no céu Encontro-te com eles, Maria, na colina; Alguém disse a Jesus que tu querias vê-Lo. Então, o teu divino Filho, em frente de toda a multidão, Do Seu amor por nós mostra a imensidão; Ele diz: «Quem é a Minha mãe e quem são os Meus irmãos?» e «Quem é meu irmão, minha irmã e minha mãe, Senão aquele que faz a Minha vontade?» (cf Mt 12,48-50). Ó Virgem Imaculada, das mães a mais terna, Ao escutar Jesus, não te entristeces, Mas alegras-te por Ele nos fazer entender que a nossa alma se torna aqui na terra a Sua família. Sim, alegras-te por Ele nos dar a Sua vida, Os tesouros infinitos da Sua divindade! Como poderia não te amar, ó minha mãe querida, Vendo tanto amor e tanta humildade. [...] Tu amas-nos verdadeiramente como Jesus nos ama E, por nós, consentes em afastar-te d'Ele. Amar é tudo dar e dar-se a si mesmo; Quiseste pr

Ao Sagrado Coração De Jesus

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No santo sepulcro, Maria Madalena, Buscando seu Jesus, inclinava-se chorando. Os Anjos queriam suavizar sua pena, Mas nada podia acalmar sua dor. Não éreis vós, luminosos Arcanjos, Que esta ardente alma vinha procurar. Ela queria ver o Senhor dos Anjos, Tomá-Lo em seus braços, pra longe O levar... Junto do Túmulo, ficou a última, E para lá tinha ido antes da aurora. Escondendo sua luz, também veio o seu Deus; Maria não podia vencê-Lo em amor! Mostrando-lhe, primeiro, sua Face bendita, Uma só palavra sai do Coração. Murmurando o nome tão doce de: Maria, Jesus lhe restitui a paz, a felicidade. Um dia, meu Deus, como Madalena, Eu quis te ver, aproximar-me de ti. Meu olhar mergulhou na imensa planície Por onde buscava o Mestre, o Rei. E eu exclamava, a ver a onda pura, O azul estrelado, as flores, os pássaros: “Se a Deus eu não vir em ti, esplendorosa natureza, Para mim não serás mais que um túmulo”. “Preciso de um coração ard

PARA VIR A GOSTAR DE TUDO

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Para vir a gostar tudo, Não queiras ter gosto em nada. Para vir a saber tudo, Não queiras saber algo em nada. Para vir a possuir tudo, Não queiras possuir algo em nada. Para vir ao que não gostas, Hás-de ir por onde não gostas. Para vir ao que não sabes, Hás-de ir por onde não sabes, Para vir a possuir o que não possuis, Hás-de ir por onde não possuis. Para vir ao que não és, Hás-de ir por onde não és. Quando reparas em algo, Deixas de arrojar-te ao todo. Para vir de todo ao todo, Hás-de deixar-te de todo em tudo. E quando o venhas de todo a ter, Hás-de tê-lo sem nada querer. Nesta desnudez acha o espírito o seu descanso Porque não cobiçando nada, Nada o afadiga para cima e nada o oprime para baixo porque está no centro da sua humildade. (Poesia São João Da Cruz)

Corpus Christi

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Chama viva de amor - poesia “Oh! Chama de amor viva que ternamente feres De minha alma no mais profundo centro! Pois não és mais esquiva, Acaba já, se queres, Ah! Rompe a tela deste doce encontro. Oh! Cautério suave! Oh! Regalada chaga! Oh! Branda mão! Oh! Toque delicado Que a vida eterna sabe,  E paga toda dívida! Matando, a morte em vida me hás trocado. Oh! Lâmpadas de fogo Em cujos resplendores As profundas cavernas do sentido, - que estava escuro e cego, - Com estranhos primores Calor e luz dão junto a seu Querido! Oh! Quão manso e amoroso Despertas em meu seio Onde tu só secretamente moras: Nesse aspirar gostoso, De bens e glória cheio, Quão delicadamente me enamoras!” (Poesia São João da Cruz)

CANTAR DA ALMA QUE GOZA POR CONHECER A DEUS

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Que sei bem eu a fonte que mana e corre mesmo de noite. Aquela eterna fonte está escondida, mas eu bem sei onde tem sua guarida, mesmo de noite. Sua origem não a sei, pois não a tem, mas sei que toda a origem dela vem, mesmo de noite. Sei que não pode haver coisa tão bela, e que os céus e a terra bebem dela, mesmo de noite. Eu sei que nela o fundo não se pode achar, e que ninguém pode nela a vau passar, mesmo de noite. Sua claridade nunca é obscurecida, e sei que toda luz dela é nascida, mesmo de noite. Sei que tão cautelosas são suas correntes, que céus e infernos regam, e as gentes, mesmo de noite. A corrente que desta vem é forte e poderosa, eu o sei bem, mesmo de noite. A corrente que destas duas procede, sei que nenhuma delas procede, mesmo de noite. Aquela eterna fonte está escondida, neste pão vivo para dar-nos vida, mesmo de noite. De lá está chamando as criaturas, que nela se saciam às escuras, porque é de no

Às Santas Chagas

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Divinas mãos e pés, peito rasgado, Chagas em brandas carnes imprimidas, Meu Deus, que por salvar almas perdidas, Por elas quereis ser crucificado. Outra fé, outro amor, outro cuidado, Outras dores às vossas são devidas, Outros corações limpos, outras vidas, Outro querer no vosso transformado. Em Vós se encerrou toda a piedade, Ficou no mundo só toda a crueza; Por isso cada um deu do que tinha. Claros sinais de amor, ah saudade! Minha consolação, minha firmeza Chagas do meu Senhor, redenção minha! Frei Agostinho Da Cruz

Madrigal para o inicio de Maio

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Estas sandálias, Mãe, eu mesmo as teci de pétalas de flores para os teus pés cansados de buscar os pecadores... O manto novo eu o pedi à aurora - guarda reflexos dos primeiros raios do sol que os teus olhos puríssimos não se cansavam de contemplar... (Com ele poderás envolver os filhos que voltando chegarem, como sempre chegam, mortos de cansaço, de abandono e de frio). O mais, Senhora, são lembranças singelas,singelíssimas: um pouco de perfume das rosas da terra, um pouco do gorjeio (quando passares) das aves do exílio e na concha das mãos um pouco de água da fonte para os teus lábios que eu sei, Mãe Santíssima, continuam a ter sede... (Do livro “Nossa Senhora no Meu Caminho”, D. Helder Câmara)

Purificação

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Eu, Senhor, pobre massa sem seiva Eu caminhei Nem senti a derrota tremenda Do que era mau em mim. A luz cresceu, cresceu interiormente E toda me envolveu. A ti, Senhor, gritei que estava puro E na natureza ouvi a tua voz. Pássaros cantaram no céu Eu olhei para o céu e cantei e cantei. Senti a alegria da vida Que vivia nas flores pequenas Senti a beleza da vida Que morava na luz e morava no céu E cantei e cantei. A minha voz subirá até ti, Senhor E tu me deste a paz Eu te peço, Senhor Guarda meu coração no teu coração Que ele é puro e simples Guarda a minha alma na tua alma Que ela é bela, Senhor. Guarda o meu espírito no teu espírito Porque ele é minha luz E porque só a ti ele exalta e ama. (A poesia religiosa de Vinícius de Moraes)

Flagelos do mundo


Na oração, penitência é a melhor homenagem diante do flagelo do mundo, para aplacar a ira do Senhor. Os inocentes lavam a terra com o seu sangue como outrora Jesus lavou por nós. Deus permite estas coisas para mostrar quanta dor e falta de oração causa sofrimento ao homem; no abandono a Deus.
Alda Pereira

● Mantenho esta vela acesa, pelas almas do purgatorio.