As lâmpadas vivas
I. São sem número, de varia beleza, de luz diversa, mas todas chamadas e postas lá entre a arcadas do templo, na vizinhança do tabernáculo, a fazer companhia a Jesus. Cada alma cristã é chamada a expandir uma luz de fé e de amor junto da Eucaristia; tenha ela coroa de rosas sobre a fronte ou traga uma de espinhos sobre o coração, saiba cantar ou não saiba se não chorar, Jesus a chama a si: e ela vai aonde a chama essa voz toda misteriosa, mas doce de amor. Quem é esta alma? É uma donzela de coração puro como o pensamento de um anjo, de mente serena como a alva do Paraíso. Ela traz a Jesus o cântico dos seus virginais entusiasmos, o odor delicado dos seus lírios, o cintilar de seus olhos resplandecentes de inocência batismal. Ignara de certas tempestades, com a alma cheia de sorrisos, ela fala a Jesus com a cândida ingenuidade de uma criança que se lança nos braços de seu pai, diz-lhe que lhe quer bem, manda-lhe beijos e caricias, e n’uma linguagem que não tem n